SARGADELOS - Peças do Nosso Encontro

Par de Labregos

(esta peça encontra-se na nossa galeria)

GALPOR

Comemoração dos 140 anos do nascimento

de: Camilo Pessanha

Camilo Pessanha nasceu em Coimbra no ano de 1867, produto de um amor juvenil, quando o pai ainda cursava Direito em Coimbra, o que não impedirá que a relação com Maria do Espírito Santo, embora sem casamento, se consolide por meio do nascimento de mais quatro filhos.

(...) Camilo Pessanha matricula-se na Faculdade de Direito em Coimbra no ano de 1884. Durante os sete anos que medeiam entre a entrada da Universidade e a formatura final, em Julho de 1891, Camilo vive a boémia coimbrã ao mesmo tempo que descobre a vocação literária. Publicou nesta época as suas primícias – poemas, contos e crónicas – na Gazeta de Coimbra (1887), no Intermezzo (1890) e em jornais estudantis, como A Crítica (1888) e O Novo Tempo (1889). Exerceu actividade jurídica em Mirandela e, com Alberto Osório de Castro, seu colega de curso, em Óbidos.

(...) Poeta desde a juventude, vai publicando dispersamente os seus textos e ganhando admiração de outros escritores seus contemporâneos, como Fernando Pessoa e Mário Sá-Carneiro. Em 1920, a Editora Lusitânia publica Clepsydra, organizada por Ana Castro Osório, única edição da colectânea feita em vida do autor. Apesar de problemática (por exemplo, no estabelecimento e ordenação dos poemas), dava finalmente a conhecer o maior poeta simbolista português, criador de um mundo fugaz e de uma linguagem marcada por uma “subtil cumplicidade com o silêncio”, como escreveu Eugénio de Andrade.

Organização: Associação Wenceslau de Moraes

Texto retirado do folheto: Camilo Pessanha – Um Poeta ao Longe

SARGADELOS - Peças do Nosso Encontro

Réplica

(esta peça encontra-se na nossa galeria)

PORGAL

No ano de 1969, n’O Dia das Letras Galegas, foi homenageado:

ANTÓNIO NORIEGA VARELA (1869-1947)

Lembranzas

Oh, divina Saudade, compañeiras
che eu mostrara sí é certo que as precuras:
son cal rosas cortadas das roseiras,
estreliñas ausentes das alturas!

Lembranzas son de lindas pegureiras,
de fascinantes meigas criaturas,
que en noites de lunar das Coruxeiras
baixan ó fiandeiro de Cesures.

A Lua Cheia bríndalles raiolas
mentras, solene, as ve camiñar solas;
pero entóldase axiña... Coma bruxos

aparecen arteiros rondadores...
elas cantan, e os bravos aturuxos
turban a paz dos pinos fungadores.


(Do ermo, 1920)

SARGADELOS - Peças do Nosso Encontro

Galos

(o galo GA/1 encontra-se na nossa galeria)

GALPOR

2007 - Centenário do Nascimento de Miguel Torga

ALVORADA

Foi tudo muito simples: aconteceu.
O dia amanheceu,
Acordei,
E reparei
No milagre concreto de viver.
E cantei
Como um galo feliz.
O que esse canto diz
É que não sei.

(Coimbra, 27 de Maio de 1977)

SARGADELOS - Peças do Nosso Encontro

Homenagem a Miró

(esta peça encontra-se na nossa galeria)

PORGAL

No ano de 1968, n’O Dia das Letras Galegas, foi homenageado:


FLORENTINO LÓPEZ CUEVILLAS (1886-1958)

“Prosas galegas” (fragmento)

Compre que os que veras queren á nosa terra, os que traballan a prol da súa exaltación, os que a sinten no cerne do seu espíritu, os que quixeran convencer e persuadir, os que cen veces sentirían abaixarse o voo do seu corazón, os que dubidaron e dubidan da eficacia e da fertilidade do seu esforço, deprendan, pra non esquencela, esta verdade: a verdade de que a alma de Galicia non pode deixar de ser nin convertirse noutra alma, e que só desaparecerá cando o mundo desapareza.

Nos anos que han vir veredes quizais debecer aínda mais a nosa cultura, perder terreo a nosa lingua, confundirse os perfís do nos país deca borrárense no neboeiro borrallento que o invade todo. Non desesperedes, os que de verdade sintáde-la emoción galega; seguide sempre con fe, e se vos ocurre pensar acaso se sementades ou se só esparexedes, desbotade ese pensamento e tede por certo que calquera traballo, grande ou pequeno, duro ou levián, que emprendades en nome de Galicia, é sempre sementeira.

(de: “Prosas galegas”, Galaxia,1962)

texto retirado do site www.galespa.com.ar

DICAS

MIGUEL TORGA

Exposição de 11 a 14 de Dez07

Programa - Dia 11 Dezembro 2007
na Faculdade de Teologia - Braga

09.45 h
Abertura da Exposição
Regresso
História antiga – encenação pela escola EB 2,3 de Celeirós

21.00h
Abertura musical (coral de Lama)
Sagres
Largada
Mar – poemas de Torga (serão musicados e interpretados)
Teatro
Quem é Torga?
Mãe - Regresso
(com teatro de marionetas pela escola EB 2,3 de Celeirós)

21.30h
Mesa Redonda
Pe. Dr. Mário Tavares
Dr. António Afonso
Prof. Dr. Castro Gil
Dr. Esteves Martins
Pe. Dr. Costa Santos (moderador)

Organização:
Cenáculo
Vigararia Episcopal para a Cultura

Texto retirado do folheto: Miguel Torga /tolerância/cultura/identidade

DICAS

3 Filmes do Cinema da Galiza

No âmbito da Exposição - O Sorriso de Daniel - promovida pelo Consello da Cultura Galega, propõe-se uma pequena incursão no cinema galego.

04 Dezembro às 18 horas - Sempre Xonxa, de Chano Piñeiro (1989). Drama. - Sinopse: História de uma mulher e dois homens. Pancho e Birutas, desde a sua infância em 1947 até 1986. A emigração, com sucesso e sem ele, a complexidade das relações humanas, a confusão entre lenda e realidade numa aldeia que vai morrendo nas montanhas da Galiza.

05 Dezembro às 18 horas - O Lapis do Carpinteiro, de Antón Reixa (2003). Drama. - Sinopse: Daniel da Barca é um médico e intelectual socialista. A namorada, Marisa, é filha de um homem de negócios próximo do fascismo. Ao começar a Guerra Civil espanhola, Daniel é detido e Marisa luta para o libertar.

11 Dezembro às 18 horas - Entre Bateas, de Jorge Coira (2001). TV Movie. - Sinopse: O filme narra o conflito entre os antigos contrabandistas de tabaco e os novos narcotraficantes, através da história de Mário, perito na pilotagem, de embarcações rápidas, e de Sesgo, um antigo amigo envolvido no tráfico de drogas. A trama é completada com a tensa relação entre Mário e a sua mulher.

Projecções: na Videoteca Municipal de Braga.
Organiza: Consello da Cultura Galega, Centro de Estudos Galegos da U.M.
Apoios: Câmara Municipal de Braga e a Axencia Audiovisual Galega.

Informação extraída do folheto: A(s) Galiza(s) desde 3 filmes

SARGADELOS - Peças do Nosso Encontro

RAÍCES

de: Norman Trapman

(esta peça encontra-se na nossa galeria)

PORGAL

No ano de 1967, n’O Dia das Letras Galegas, foi homenageado:

MANUEL CURROS ENRÍQUEZ (1851-1908)

Melodía gallega

Ten a serena o canto,
i a serpe o alento;
o lago ten a onda
Dios ten o inferno.
Ti tes dabondo
co que tes escondido
neses teus ollos.

O trono dos monarcas,
do sabio os trunfos,
a groria do poeta,
o ouro do mundo:
dera eso todo
por solo unha mirada
deses teus ollos.

Buscan os pitorreises
pra faguer niño,
a herba santa que nace
beira dos ríos.

Eu busco solo
unha mirada meiga
deses teus ollos.

Cando se pon a lúa
tras dos penedos,
choran as estreliñas
todas do ceo.
Tamén eu choro
cando non me alumean
eses teus ollos.

(Aires da miña terra, 1880)

SARGADELOS - Peças do Nosso Encontro

Moucho Señorito

(esta peça encontra-se na nossa galeria)

DICAS

EXPOSIÇÃO

Galicia, o sorriso de Daniel

É uma exposição promovida pelo Conselho de Cultura Galega, que tem, entre outras missões, projectar para o exterior a riqueza e diversidade da cultura galega, em qualquer das suas manifestações. De acordo com este objectivo, a exposição foi concebida como uma actividade de divulgação e de espalhamento da riqueza cultural da Galiza, dirigida de forma preferencial a galegos que moram fora da Galiza ou a não galegos que tenham algum interesse pela cultura galega.

O fio argumental desta exposição está centrado em a duas figuras. A primeira é uma estátua do profeta Daniel, que tem o primeiro sorriso esculpido em pedra na Europa medieval, fazendo parte do Pórtico da Glória da Catedral de Compostela, obra cimeira que o mestre Mateo juntou à arte medieval europeia.

A segunda figura é a de Daniel Castelao, que é um dos mais importantes construtores pela identidade cultural e política da Galiza no século XX, a que Wenceslao Fernández Flórez aludiu como o “guia espiritual do pobo de Galicia”

O objectivo desta exposição é captar a atenção do visitante sobre a condição da Galiza como uma nação-cultura, dentro dum universo cultural mais amplo como é o mundo ocidental. (...) há poucas dúvidas de que na língua, na literatura, na arte, na história ou no modo de se assentar sobre o território, Galiza apresenta vários perfis nítidos que fundamentam claramente o seu carácter diferencial.

(texto adaptado do folheto da Expo em São Paulo2007)

A exposição estará patente na Biblioteca da Universidade do Minho - Largo do Paço e será inaugurada, no dia 20 de Novembro às 18 h, pelo Presidente do Conselho da Cultura Galega – Ramón Villares.

GALPOR

A Fundação José Saramago vai celebrar durante o mês de Novembro os 85 anos do escritor e os 25 anos da publicação do livro “Memorial do Convento”, que terá uma edição especial. As comemorações vão decorrer em Espanha, a 16 de Novembro, data real do aniversário de Saramago, e em Portugal a 18 de Novembro, dia que consta dos seus documentos (...), disse a mulher do escritor, Pilar del Rio, que preside à Fundação. Em Lisboa, no Teatro São Jorge, haverá um espectáculo com leitura de textos do “Memorial do Convento” (...).

A Fundação José Saramago tem sede em Lisboa e Lanzarote (Canárias), delegações em Azinhaga do Ribatejo, aldeia natal do escritor, e em Castril (Granada)

Associadas a estas comemorações estão as editoras, editorial Caminho e a Editorial Alfaguara.

(extraído do Diário do Minho de 7Nov07. Suplemento Cultura)

Dicas

ESCOLA COM TEATRO

Foi anunciado pela Conselheira de Educação, Laura Sánchez Piñon que o novo edifício da Escola Superior de Arte Dramática (ESAD) abrirá em Vigo no ano de 2010.
O novo edifício da ESAD disporá de um teatro próprio, com 270 lugares, aberto ao público.

Estas declarações foram feitas este ano na abertura do curso da ESAD nas suas instalações provisórias.

PORGAL

No ano de 1966, n’O Dia das Letras Galegas, foi homenageado:


FRANCISCO AÑON (1812-1878)

A Galicia

De teus recordos vivo! Galicia encantadora!,
por teus anacos morro, idolatrado chan,
onde voou sorrindo da miña infancia a aurora,
onde as máis caras prendas que o corazón adora,
o derradeiro sono en paz durmindo están.

Ai!, eu tamén quixera durmir no teu regazo,
cando fechando os ollos dixera ó mundo adiós,
para contigo unirme en máis estreito lazo,
nun empinado outeiro, nun foxo ou nun ribazo,
que son para quen morre tódolos sitios bos.

Pintar quixera agora en loumiñeiro canto
teus vales e montañas, teus ríos e teu mar;
mais describir non podo tan feiticeiro encanto,
e as ourentes flores do teu precioso manto
coas miñas tristes bágoas podríanse ourizar.

Ai!, se alas eu tivese, traspondo o Guadarrama
e outras altas serras cal rápido condor,
iría ver, Galicia, teu rico panorama,
teu verde chan florido que os aires embalsama,
e o natal curruncho do meu primeiro amor.

Vería desa altura teu mar de azul e prata,
que desde a nobre Asturias ó libre Portugal,
pola rachada costa bruando se dilata;
vería o sacro Pindo e a grande catarata,
que o Ezaro gomita dun alto penedal (...)

(poesía en galego, 1989)

MOSTRA - jóias e bijuteria de autor

Vitrofusão - Fusing

Encontra-se patente até ao dia 17 Novembro de 2007, na Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva, em Braga, uma MOSTRA de Jóias e Bijuteria de Autor do artista plástico Luís Soares.

A Mostra é organizada pela ...também Galicia - galeria e conta com o apoio da Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva.

SARGADELOS - Peças do Nosso Encontro

Adão e Eva

Botellas Antropomórficas
do artista Isaac Díaz Pardo

VISITE-nos
(estas peças encontram-se na nossa Galeria)

Exposição Deco-Arte "O CICLO"

pelo Atelier Pentágono d’Artes

É mais um exercício do Atelier Pentágono d’ Artes, pelas criações artísticas de Adriana Simão e de Marília Teixeira, desta vez tendo por primeiro tema os presépios, que uma vez por ano celebram a Natividade, e por segundo tema a Expiração na cruz, incessantemente exposta à devoção ou à admiração.

As obras são realizadas em técnica mista e arte tri-dimensional, utilizando reciclagem de materiais.

A exposição estará patente na ...também Galicia – galeria até 30 de Novembro de 2007

PORGAL

Nota breve:

A Real Academia Galega, no ano de 1963, instituiu o Dia das Letras Galegas. Todos os anos, dia 17 de Maio, é homenageada uma personalidade. Homens e Mulheres que se destacaram como artistas, criadores e intelectuais galegos

No ano de 1965, n’O Dia das Letras Galegas, foi homenageado:

EDUARDO PONDAL (1835-1917)

Cando os duros machados

Cando os duros machados
feren os altos pinos,
e caen com estrondo
no chan de Bergantiños,
non , non, en vano
cal xigantes erguidos,
sin groria e sin renome,
nos seus eidos bravíos:

mais ao caer, ceibando,
os ulidores piños
se espallan na devesa
polo mato nativo,
e da semente se erguen
descendentes altivos.

Así, cando caeran
aqueles destemidos,
de nobres ideales
os boos peitos enchidos,
non caeran en vano,
en oprobioso olvido,
coma o vulgo dos homes
na escuridade extintos.

Mais o chan empapando
do sangre escrarecido,
os campos de Suevia,
dos celtas nobre asilo,
non cederan á morte,
e deixaran altivos
perdurabre semente
de vingadores fillos.

Déspotas insensatos,
forxá, forxade grillos;
pode oprimir o ferro
un corpo enfraquecido;
mais as nobres ideas
e gloriosos instintos...
eses... non pode, non, o duro ferro
nin a morte extinguilos!

(Queixume dos pinos, 1886)

PORGAL

Nota breve:

A Real Academia Galega, em 1963, instituiu O Dia das Letras Galegas. Todos os anos, no dia 17 de Maio, é homenageada uma personalidade. São Homens e Mulheres que se destacaram como artistas, criadores e intelectuais galegos.

A nossa galeria pretende divulgar textos publicados por várias fontes, no nosso blog, com a postagem de dois por mês. Serão de duas personalidades da cultura galega que foram já galardoadas com o prémio “O Dia das Letras Galegas”.

Como galeria de artes, também queremos homenagear todos aqueles que contribuíram e contribuem para cultura e língua galaico-portuguesa.

No ano de 1964, n’O Dia das Letras Galegas, foi homenageado:

ALFONSO DANIEL RODRÍGUEZ CASTELAO (1837-1885)

Dende a ría de Vigo às pampas arxentinas

A viaxe de Pedro pouco ten que contar. Embarcouse parvo de medo, cun desvaído sentimento de morriña que nin tan sequera desentonou do fondo da súa carne a natural tristura das despedidas. O barco desviábase da terra e Pedro seguía co corazón no peito, inconsciente, a mira-las gaivotas; depois enfiou os ollos no ronsel que quedaba no mar, e adormentouse debruzado na baranda de popa.
Para el a travesía non puido ser mellor. Husmaba na porta da cociña o intre feliz da galloufa, e ó sai-los caldeiros seguía detrás deles para toma-la dianteira. Na riola dos emigrantes sempre foi o prato de Pedro o que recibiu as primeiras culleradas, as máis graxentas.
Depois armado de caldereta, inda se colaba na ringleira dos polacos, a recolle-la extraña pistraca que lles daban.
O mar en calma, el a comer e durmir. Que máis se podía desexar? Pero na hora do desembarco espertou á realidade, e entón si que a tristura das despedidas lle esguizou as entrañas, porque neste punto secábase o teto e asomaban as orellas do lobo. Dende o barco escudrumou a barafunda de xente que bulía no peirao en espera dos emigrantes, e o medo de non topar a Manuel deixouno, sem forzas para baixar.
Nisto sentiu que o chamaban, e emborcóuselle o corazón na boca.

- Pedro López! Pedro López! Pedro López!
- Alá vou! Sou eu! Alá vou

Era un amigo de Manuel que recibira encargo de recollelo e de metelo no tren ó seguinte día.
O tren enguliu planuras e máis planuras para chegar ó seu destino, e Pedro deixábase levar coma un embrollo facturado. Despois aínda tivo que coller outro tren que fuxía polos campos, escorrentando ovellas. E cando caeu nos brazos de Manuel estaba máis morto ca vivo; pero faltaban moitas hora de coche.

Cearon, durmiron, e no abrente do día saen arreando polos camiños pampeiros.

A paisaxe non o ledo verdor das terras chas e abertas que Pedro alvistou dende o tren. O coche vai rolando , a tombos, por gándaras ermas e lombos areosos; baixa polas abas dun monte cuberto com herbas do demo, para caer en tremedais de xuncos; gabea por outeiros com alfarrobeiras e corre por chairas tiñosas. Xa decorreron moitas horas de andadura, a rolar por soedades, e no devalo do día, aparece un casal, alá no fondo, á beira dunha lagoa, espello morto de augas salitrosas.

- Aquela é a miña “pulpería” – di Manuel -, Aquí non hai pan fresco, nin auga doce, nin sacramentos para a alma; pero gáñase diñero.

(Os dous de sempre, 1934)

Comemorações de 125 anos do Teatro em Galego

O 13 de Agosto de 1882 estreouse no Liceo Brigantino “A Fonte do Xuramento” de Francisco María de la Iglesia, o primeiro texto teatral en galego do que hai noticia da súa estrea. Para celebrar estes 125 anos daquela efeméride a Consellaría de Cultura pon a andar unha xira na que 25 espectáculos galegos erguen os panos dos teatros, saen ás rúas, ás prazas e a espazos coma lonxas e hospitais.
Pode consultar programa em
http://www.125anosdeteatrogalego.com

PORGAL

Nota breve:

A Real Academia Galega, em 1963, instituiu O Dia das Letras Galegas. Todos os anos, no dia 17 de Maio, é homenageada uma personalidade. São Homens e Mulheres que se destacaram como artistas, criadores e intelectuais galegos.

A nossa galeria pretende divulgar textos publicados por várias fontes, no nosso blog, com a postagem de dois por mês. Serão de duas personalidades da cultura galega que foram galardoadas com o prémio “O Dia das Letras Galegas”.
Como galeria de artes, também queremos homenagear todos aqueles que contribuíram e contribuem para cultura e língua galaico-portuguesa.

Começamos com Rosalía de Castro, que foi a personalidade homenageada em 1963.


ROSALÍA de CASTRO (1837-1885)

(...) O mar castiga bravamente as penas,
e contra as bandas do vapor se rompen
as irritadas ondas
do Cántabro salobre.
Chilam as gaivotas
alá lonxe...!, moi lonxe!,
na prácida ribeira solitaria
que convida ó descanso i ós amores.
De humanos seres a compauta línea
que brila ó sol adiántase e retórcese,
mais preto e lentamente as curvas sigue
do murallón antigo do Parrote.
O corazón apértase de angustia,
óiense risas, xuramentos se oien,
i as brasfemias se axuntan cos sospiros...
Onde van eses homes?
Dentro dun mês, no simiterio imenso
da Habana, ou nos seus bosques,
ide a ver que foi deles...
No eterno olvido para sempre dormen!
Probes nais que os criaron,
i as que os agradan amorosas, probes!

(Follas nóvoas, 1880)

a nossa galeria

Protocolos e Parcerias

Entre Nós

http://www.aaeum.pt/

http://www.casadoprofessor.pt

para lembrar Expo de Rosa Vaz

Inauguração em Julho e alguns quadros da artista

Cumplicidades - Francisco Neto

Francisco Neto, é um amigo de longa data.
O seu percurso, de muitos anos, como pintor e pela nossa longa amizade, o saúdamos.
Também o fazemos como Galeria de Artes. Porque Neto tem obras em várias colecções, dentro e fora do país.
Neto, nasceu em 1958, na cidade de Braga-Portugal. Este ano de 2007, junta mais um prémio de pintura ao seu curriculum.

O seu prémio foi obtido no Concurso da VII Bienal de Pintura "Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular" 2006-2007.
Concurso que tem: Prémio Eixo Atlântico e Prémio jovens talentos luso-galaicos.

Os premiados foram:
Xabier de Sousa Alonso (Tui, 1960)
1º prémio - Melhor obra do certame

Francisco da Rocha Neto (Braga, 1958)
2º prémio - Melhor obra portuguesa

Xosé Luís Otero Becerra (Nocelo,1964)
2º prémio - Melhor obra galega

Pablo Giráldez Río (Vigo, 1971)
Menção especial do júri

Nuno Miguel Estevinho Duque (Chaves, 1979)
Menção especial do júri

Maria Mariño Carou

2007 - Centenário do Nascimento da Escritora Maria Mariño Carou

Na Biblioteca Lucio Craveiro da Silva, em Braga, decorre uma exposição dedicada à escritora Maria Mariño.

Esta exposição estará patente até dia 31 de Julho, sendo uma iniciativa promovida pela Biblioteca em parceria com o Centro de Estudos Galegos da Universidade do Minho e a Xunta da Galiza.

A autora falecida em 1967, é a figura da literatura galega homenageada este ano, no âmbito da comemoração do Dia das Letras Galegas.

O Dia das Letras Galegas comemora-se no dia 17 de Maio. Seu início foi no ano de 1963. A escolha e a eleição da personalidade a ser homenageada é feita pela Real Academia Galega.

Durante estes anos três mulheres foram homenageadas. Em 1963, Rosalía de Castro. E em 1987, Francisca Herrera Garrido. Este ano de 2007, Maria Mariño.

(...) poética radicalmente intimista e unha linguaxe rupturista caracterizan, segundo Carme Blanco, estudosa da súa obra, a escrita de María Mariño. Unha personalidade literaria que se sitúa nas marxes do canónico no seu tempo. A súa figura suscitou e segue a suscitar interpretacións diversas. Unha mirada embazada durante moito tempo polo descoñecemento da súa vida e a desconfianza do proceso de escrita da súa obra (...)

Cumplicidades - Luís Soares

A nossa galeria congratula-se de ter no seu espaço, a partir de Julho, mais peças de Autor - do artista plástico, Luís Soares.

Luís Soares, também nos concedeu a representação exclusiva, em Braga, das suas peças. São peças várias, com predominância de Pratos e Jóias da sua autoria.

Nesta parceria, ...também Galicia - galeria e Luís Soares, garantem a autenticidade de todos os exemplares expostos. Exemplares esses, assinados à mão pelo artista.

As peças são em Vitrofusão - Fusing. Uma das técnicas de "pintar" e moldar o vidro, dando formas e côres únicas, de uma beleza rara, em que só alguns são capazes de a dominar, criando. - como faz Luís Soares. Por tudo isto e pelo seu vasto curriculum, ligado a várias artes, estamos muito gratos de o ter na nossa galeria.

Mas vejamos o que ele diz:

(...) a magia da vitrofusão, o termoformado e a arte de distorcer o vidro, combinam com o poder e a sedução do vidro moldado para criar uma experiência profunda de arte e mistério. As criações Luís Soares, combinam os simbolos da antiguidade, à antiga arte do vidro fundido e o espaço e à era tecnológica da perfeita mistura do presente contemporâneo e o passado subtil.

Esta técnica permite uma dança profunda, dando o efeito de luminosidade e metamorfoses (...)

http://www.luissoares.com/

www.ceramicarte.com/novidades/

Exposição "Viagem a África" de Rosa Vaz

...também Galicia - galeria, terá durante o Mês de Julho de 2007, uma Exposição de Pintura e Cerâmica, da artista Rosa Vaz.

Rosa Vaz, nasceu em Malange, Angola. Vive e trabalha em Braga. Desenvolve trabalho nas artes plásticas e poesia, bem como na promoção de várias actividades culturais, principalmente na área da Lusofonia.

Memórias

O Artista como criador e intelectual deve procurar transpor o imediato, o óbvio para que nas suas obras, nos seus desempenhos, brotem os sorrisos escondidos, os olhares esquecidos, as vozes caladas, as vontades amarradas e tantas vezes caladas por quem implanta aqui e acolá as suas certezas intocáveis, apagando insensivelmente os sonhos de qualquer criança em nome de uma obstinada caminhada para a globalização onde cada vez mais ser diferente é uma “ameaça” corajosa, que nos deve levar a ter força, a dignidade de caminhar em pé, de cabeça levantada carregando o mastro da nossa identidade, das nossas vivências e matrizes que nos definem e nos iluminam.
Nas minhas obras, revivo na temática urbana todos estes contrastes evidentes da sociedade que me rodeia, e projecto-os nos reticulados constantes da vida do corre-corre diário, nas linhas divagantes das construções irreverentes e angustiantes onde muitas vezes o Homem é só mais uma peça de arrumação temporária esvaziado de sensações puras e livres que lhe adormecem as memórias e os sonhos...
Atenta ao que me rodeia faço um percurso persistente, batalhador, onde procuro registar as inquietudes e emaranhados labirínticos próprios desta sociedade frenética, caótica... Tenho uma necessidade permanente de uma viagem emocional, onde me cruzo com as memórias, com os cheiros de África que me embebedam de saudades das cores fortes, do cheiro do mar, do anoitecer macio, dos rostos e gestos sorridentes, daquelas cores terra que por entre as janelas da cidade cinzenta eu exalto, eu construo em cada pedaço de espaço, em cada olhar que registo num tempo sem fim, num tempo infinito... porque, - Pintar é escrever o mistério da imaginação!

Rosa Vaz

As nossas preferências - Sons em CARTAZ

BRAGA:

* Philip Glass - Piano Solo
... no ano em que comemora 70 anos de existência, apresenta-se a solo em Lisboa e Braga, lembrando ser o mais importante criador de bandas sonoras da actualidade e um dos mais importantes criadores vivos...
Teatro-Circo - 24 de junho 07 - 22.ooh.
www.philipglass.com

* Laurie Anderson - Pop alternativo
... algures entre um poema épico, uma peça e um concerto multimédia, "Homeland" é a nova criação de Laurie Anderson.
Teatro-Circo - 13 de julho 07 - 22.ooh
www.laurieanderson.com

MOSTRA de Graça Correia

...também Galicia - galeria, no Mês de Junho de 2007, tem uma MOSTRA DE PINTURA de Graça Correia.


Maria da Graça Correia da Silva, nasceu a 16 de Setembro de 1976, na freguesia de Grimancelos, Concelho de Barcelos.

Frequentou o ensino preparatório na Escola Primária de Grimancelos e o ensino básico na Escola Básica de Viatodos. Mais tarde, frequenta a Escola Secundária D. Sancho I, em V. N. Famalicão, no regime pós-laboral.
Actualmente frequenta o 2º ano da Licenciatura de Serviço Social, na Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Católica Portuguesa, em Braga.

A sua aprendizagem, e os primeiros contactos com a pintura, é iniciada num atelier em V. N. Famalicão.

Esta pequena mostra, é uma parte do seu trabalho, em acrílico sobre tela, seguida da sua primeira exposição realizada, em Maio 2007, no IPJ – Instituto Português da Juventude, em Braga.

MOSTRA de Julia Côta

...também Galicia - galeria, no Mês de Junho de 2007, tem uma MOSTRA de CERÂMICA da artesã Júlia Côta

Notas breves sobre Júlia Côta

Filha da famosa ceramista, Rosa Côta e neta de Domingos Côto ( o homem que criou o galo de Barcelos, em barro), Júlia Côta entrou cedo na arte da argila, ajudando a mãe em seus trabalhos e aprendendo com ela, as técnicas e as inspirações deste tipo de arte.

Modelando a vida na argila, dá rédea livre à sua imaginação para produzir figuras do burlesco, animais, retratos e figuras religiosas. Geralmente “reinterpreta-as” numa mistura do fantástico com o imaginário, ou em representação de cenas de trabalho e do jogo da vida rural. Estes são alguns dos exemplos da variedade e da simplicidade dos objectos, dos temas e das cores, a que nós chamamos normalmente as figuras de Barcelos.

Júlia Côta, é natural da freguesia de Santa Maria de Galegos - Barcelos.

O seu nome é uma referência na arte da cerâmica do figurado na região. É uma de poucas artistas que cria, recria e pinta as FIGURAS. O que lhes dá um carácter de originalidade, possuindo uma marca muito pessoal.

*Texto extraído na sua página na web

Informação:

Foi inaugurada no dia 30 de Maio, em Braga, a Exposição: ARTjovem 2007.
Estará patente até dia 16 de Junho, na Faculdade de Filosofia.

Estarão expostos trabalhos seleccionados, após concurso, subordinado ao tema: “O Homem Contemporâneo”.

O concurso teve como objectivos: a promoção da arte e da cultura; a divulgação de jovens artistas e a reflexão crítica sobre a temática escolhida.

Entre outras entidades e empresas, este evento, contou com o apoio da Galeria ...também Galicia.

desenho de: Alfonso Castelao

Na veira do Miño:

... e os da banda d'alá son máis estrangeiros que os de Madrí?

(non se soupo o que lle respondeu o vello)

Abrimos, em Braga, uma galeria de cerâmicas com Cerâmica de Sargadelos.

São peças, com Decorados e Formas, criadas por artistas Galegos e pelo Gabinete de Desenho.

Tendo a componente empresa/cultura, Sargadelos, teve e tem um importante papel na recuperação da memória histórica da Galiza.

Nós, como espaço/galeria que queremos que seja único e autêntico, pretendemos que se torne num projecto também cultural, contribuindo para o conhecimento da história Galaico-Portuguesa.